Dizer «não» aos estereótipos sociais: As ironias do controlo mental

Dora Luísa Geraldes Bernardes

Abstract


Inúmeras razões levam a que, frequentemente, o percipiente social tente activamente inibir os pensamentos estereotípicos antes que estes influenciem os seus julgamentos e comportamentos. A eficácia destaestratégia, no entanto, tem sido questionada pela área da psicologia interessada pelo controlo mental. De facto, a investigação recente tem mostrado que quando as pessoas tentam activamente suprimir pensamentos indesejados, estes subsequentemente reaparecem à consciência ainda com maior insistência do que caso não tivessem sido suprimidos inicialmente produzindo, deste modo, um efeito de ricochete (e.g., Macrae, Bodenhausen,Milne, & Jetten, 1994). O presente artigo tem como principal objectivo apresentar uma revisão teórica da supressão de pensamentos procurando identificar os potenciais mediadores do efeito de ricochete após um período de supressão do estereótipo. Apesar do efeito de ricochete do estereótipo ocorrer em algumas condições, defende-se que uma compreensão mais abrangente deste fenómeno requer a consideração de um vasto conjunto de possíveis factores mediadores.

Keywords


estereotipização social;supressão de pensamentos;efeito de ricochete



DOI: https://doi.org/10.14417/ap.13

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