Psicologia Comunitária Positiva: Um exemplo de integração paradigmática com populações de pobreza

Helena Águeda Marujo, Luís Miguel Neto

Abstract


Os aspectos ontológicos, epistemológicos e metodológicos da psicologia comunitária tornam-na especialmente apropriada para se cruzar eficazmente com o novo paradigma da psicologia positiva. Este trabalho descreve e reflecte uma intervenção conducente a essa integração, realizada junto de populações no limiar da pobreza na Região Autónoma dos Açores. A par do prioritário apoio no domínio das condições materiais, para que a população caminhe para uma vida mais digna, o projecto tem levado a que os profissionais no terreno sirvam de catalisadores na luta pela inclusão e empowerment das populações, e estimulem a consciencialização sobre as forças e virtudes individuais e colectivas através da intervenção com base nos actos de fala.

Usando metodologias participativas e apreciativas, e a implementação de um modelo de desenvolvimento comunitário focalizado no positivo, no funcional e nas excepções aos problemas, tem-se potenciado o optimismo, a esperança, o desenvolvimento do sentido de humor e as emoções positivas em geral, bem como uma nova linguagem, onde são agora possíveis palavras positivas para narrar a experiência, caminhando-se para uma perspectiva, não apenas de sobrevivência, mas de “Supervivência”. Cruzam-se assim os conhecimentos científicos recentes da psicologia positiva e da psicologia comunitária numa prática reflexiva, apreciativa e generativa dos profissionais e das populações com quem coconstroem mudanças transformadoras.


Keywords


Acto de fala; Inquérito apreciativo; Pobreza; Psicologia comunitária; Psicologia positiva



DOI: https://doi.org/10.14417/ap.355

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