Quando o cliente pensa que não sente e sente o que não pensa: Alexitimia e psicoterapia
Abstract
É repetidamente referido na literatura que pacientes alexitímicos têm piores resultados em psicoterapia. Tendo como referência que as características associadas ao conceito de alexitimia reflectem défices ao nível do processamento emocional, não só ao nível da regulação emocional, mas também dos processos subjacentes, como a consciência e a experienciação emocionais e a expressão e a diferenciação emocional, sugere-se que com pacientes com funcionamento alexitímico seja necessário um maior enfoque terapêutico ao nível das tarefas emocionais. Neste trabalho salientamos as dificuldades que podem ocorrer ao nível da aliança terapêutica e discutem-se as implicações para as tomadas de decisão clínica. Através de uma análise crítica da literatura apontamos a importância de ter em conta esta dimensão na conceptualização de caso, no sentido de antecipar dificuldades ao nível da relação terapêutica e de se optar por objectivos mais focados nos processos subjacentes à alexitimia do que nas suas consequências.
Keywords
Alexitimia; Processos emocionais; Relação Terapêutica; Psicoterapia
Full Text:
PDF (Português (Portugal))DOI: https://doi.org/10.14417/ap.597
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